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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

PAULL TILLICH


                FACULDADE MESSIÂNICA FUNDAÇÃO MOKITI OKADA  
                             FILOSOFIA DA RELIGIÃO
                   PAUL TILLICH  RELIGIÃO E FILOSOFIA DA RELIGIÃO
                                              Renan Carvalho Fagundes. Turma 2018/1
        Paul Tillich apresenta seu conceito de religião analisando de forma ampla a questão religiosa. O conceito de religião tanto na Teologia quanto na Ciências da Religião procuram uma definição que seja normativa e que contemple a visão do senso comum e a visão científica. Os próprios autores reconhecem a dificuldade de conceituar religião, pois ela influencia na área social, politica, cultural e na vida particular dos indivíduos. E estes setores são importantes na sociedade e, segundo os estudiosos da religião não deveriam ficar fora na elaboração do conceito de religião.
        Quando observarmos as verdades científicas ao longo da História, podemos perceber que elas não são permanentes, e que a partir de novos estudos elas podem mudar. Os conceitos se reformulam e neste contexto o conceito de religião também não pode ser fixo. Tillich evita a subjetividade na construção do seu conceito de religião. Ele afirma que: “Religião não é um sentimento, ela é uma atitude do espírito em que elementos práticos, teóricos e emocionais estão unidos para formar um todo complexo” (TILLICH, 1973, p. 160). Este autor ao definir religião passa pelo campo da Filosofia, suas definições dialogam com a Filosofia e a Ciência da Religião. Paul Tillich deixa evidente em seus pensamentos que para ser um bom Teólogo deve-se ser também um filósofo. Pois para resolver as questões de fé, revelação, Deus, e tantas outras, ele deve formular questões. E quem formula questões e procura respostas é a Filosofia, em razão disso, Tillich vê sentido nesta correlação entre Teologia e Filosofia. Para concretizar seus pensamentos Tillich cria métodos de compreensão da realidade. O Teólogo Etienne A. Higuet* ao estudar os métodos da filosofia da religião de Paul Tillich, para melhor compreensão divide o estudo três etapas:

 A primeira apresenta três métodos para a filosofia da religião: Crítico, Intuitivo e Crítico-Intuitivo ou Paradoxal. A segunda traz três métodos, já chegando à formulação definitiva: Crítico, Fenomenológico e Metalógico. A terceira, enfim, trabalha com quatro métodos: Dialético-Crítico, Fenomenológico, Pragmático e Metalógico ou crítico-intuitivo. Nos dois casos, o método Metalógico é considerado o mais adequado ao seu objeto, a religião, superando, mas incorporando, de certo modo, os outros.[...] O método Metalógico é à base da teologia da cultura, que Tillich desenvolve de modo não sistemático nos anos 20 e 30 do século XX. (HIGUET, 2011,Pg 27).

__________________________________
* Doutor em Ciências Teológicas e Religiosas pela Universidade católica de
Louvain (Bélgica). Professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências da
Religião da Universidade Metodista de São Paulo. Presidente da Associação
Paul Tillich do Brasil.
        Os métodos elaborados por Tillich buscavam compreender a religião no universo da filosofia. Ao elaborar os métodos o autor procurava explicações alicerçadas na verdade postulada pela religião, e o método metodológico corrobora. Segundo ele: O método Metalógico mostra, enfim, que a questão da verdade da religião identifica-se com a questão da essência – ou do sentido – da religião. “Responde-se à questão da verdade da religião ao apreender de modo metalógico a essência da religião como orientação para o sentido incondicionado” (TILLICH, 1959ª, p. 327).  Para Tillich a mensagem cristã deve estar no contexto cultural de cada individuo, e as dúvidas são fundamentais para uma fé saudável. Ele entendia que o teólogo não tem apenas como tarefa identificar e interpretar os símbolos religiosos, mas deve saber que a teologia deve dar respostas satisfatórias e ligadas ao âmbito das pessoas.
        Ao ler a obra de Paul Tillich e entrar em contato com seu pensamento  percebo que ele insistia que a Teologia deveria ouvir as  perguntas da sociedade para elaborar suas respostas. E que o conteúdo das respostas não deveria fugir da revelação e da mensagem cristã, por este motivo dizia que a mensagem de Deus deveria ser resignificada para o homem moderno. Paul Tillich é polêmico seu pensamento desestabiliza a Teologia ortodoxa. Seus métodos criticam o fundamentalismo, entende que a teologia não deve ficar presa a verdades inquestionáveis.
         O Teólogo Etienne A. Higuet inorma que Tillich antes de elaborar seus métodos teológicos descontrói os métodos anteriores por julgar que eles não estavam relacionados com a essência da religião. Para Higuet ( 2011,p 27), “Tillich começa por excluir três métodos, introduzidos a partir da ciência da religião, da teologia e da metafísica. Trata-se do método empírico, do método supranaturalista e do método especulativo. Eles são impróprios porque nenhum deles alcança satisfatoriamente a essência da religião”. Paul Tillich valoriza muito a reflexão filosófica mesmo sendo um teólogo, em seus textos fica evidenciado sua aproximação com a filosofia, e sua critica aos conceitos de religião elaborados pela Filosofia da Religião e Ciência da Religião. Para ele estas áreas do saber se afastam do conceito de religião da teologia, a própria religião causa contratempos na elaboração dos conceitos de religião. Gross (2013,pg. 66) citando Tillich diz:



  Há quatro objeções que a religião levanta contra o conceito de religião. Primeiro, ele torna a certeza de Deus relativa à certeza de si (Ichgewissheit).Segundo, ele torna Deus relativo ao mundo. Terceiro, ele torna areligião relativa à cultura. Quarto, ele torna a revelação relativa à história da religião. Em suma, através do conceito de religião o Incondicional é fundamentado no condicionado e se torna ele mesmo condicionado, e com isso é destruído (TILLICH, 1973, p. 124)









REFERENCIAS

GROSS, Eduardo. O conceito de religião em Paul Tillich e a ciência da religião. Revista Eletrônica Correlatio v. 12, n. 24 - Dezembro de 2013 DOI: http://dx.doi.org/10.15603/1677-2644/correlatio.v12n24p59-76

HIGUET, Etienne A. Os métodos da filosofia da religião de Paul Tillich. Revista Eletrônica Correlatio n. 20 - Dezembro de 2011








PAUL TILLICH


                FACULDADE MESSIÂNICA FUNDAÇÃO MOKITI OKADA  
                             FILOSOFIA DA RELIGIÃO
                   PAUL TILLICH  RELIGIÃO E FILOSOFIA DA RELIGIÃO
                                              Renan Carvalho Fagundes. Turma 2018/1
        Paul Tillich apresenta seu conceito de religião analisando de forma ampla a questão religiosa. O conceito de religião tanto na Teologia quanto na Ciências da Religião procuram uma definição que seja normativa e que contemple a visão do senso comum e a visão científica. Os próprios autores reconhecem a dificuldade de conceituar religião, pois ela influencia na área social, politica, cultural e na vida particular dos indivíduos. E estes setores são importantes na sociedade e, segundo os estudiosos da religião não deveriam ficar fora na elaboração do conceito de religião.
        Quando observarmos as verdades científicas ao longo da História, podemos perceber que elas não são permanentes, e que a partir de novos estudos elas podem mudar. Os conceitos se reformulam e neste contexto o conceito de religião também não pode ser fixo. Tillich evita a subjetividade na construção do seu conceito de religião. Ele afirma que: “Religião não é um sentimento, ela é uma atitude do espírito em que elementos práticos, teóricos e emocionais estão unidos para formar um todo complexo” (TILLICH, 1973, p. 160). Este autor ao definir religião passa pelo campo da Filosofia, suas definições dialogam com a Filosofia e a Ciência da Religião. Paul Tillich deixa evidente em seus pensamentos que para ser um bom Teólogo deve-se ser também um filósofo. Pois para resolver as questões de fé, revelação, Deus, e tantas outras, ele deve formular questões. E quem formula questões e procura respostas é a Filosofia, em razão disso, Tillich vê sentido nesta correlação entre Teologia e Filosofia. Para concretizar seus pensamentos Tillich cria métodos de compreensão da realidade. O Teólogo Etienne A. Higuet* ao estudar os métodos da filosofia da religião de Paul Tillich, para melhor compreensão divide o estudo três etapas:

 A primeira apresenta três métodos para a filosofia da religião: Crítico, Intuitivo e Crítico-Intuitivo ou Paradoxal. A segunda traz três métodos, já chegando à formulação definitiva: Crítico, Fenomenológico e Metalógico. A terceira, enfim, trabalha com quatro métodos: Dialético-Crítico, Fenomenológico, Pragmático e Metalógico ou crítico-intuitivo. Nos dois casos, o método Metalógico é considerado o mais adequado ao seu objeto, a religião, superando, mas incorporando, de certo modo, os outros.[...] O método Metalógico é à base da teologia da cultura, que Tillich desenvolve de modo não sistemático nos anos 20 e 30 do século XX. (HIGUET, 2011,Pg 27).

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* Doutor em Ciências Teológicas e Religiosas pela Universidade católica de
Louvain (Bélgica). Professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências da
Religião da Universidade Metodista de São Paulo. Presidente da Associação
Paul Tillich do Brasil.
        Os métodos elaborados por Tillich buscavam compreender a religião no universo da filosofia. Ao elaborar os métodos o autor procurava explicações alicerçadas na verdade postulada pela religião, e o método metodológico corrobora. Segundo ele: O método Metalógico mostra, enfim, que a questão da verdade da religião identifica-se com a questão da essência – ou do sentido – da religião. “Responde-se à questão da verdade da religião ao apreender de modo metalógico a essência da religião como orientação para o sentido incondicionado” (TILLICH, 1959ª, p. 327).  Para Tillich a mensagem cristã deve estar no contexto cultural de cada individuo, e as dúvidas são fundamentais para uma fé saudável. Ele entendia que o teólogo não tem apenas como tarefa identificar e interpretar os símbolos religiosos, mas deve saber que a teologia deve dar respostas satisfatórias e ligadas ao âmbito das pessoas.
        Ao ler a obra de Paul Tillich e entrar em contato com seu pensamento  percebo que ele insistia que a Teologia deveria ouvir as  perguntas da sociedade para elaborar suas respostas. E que o conteúdo das respostas não deveria fugir da revelação e da mensagem cristã, por este motivo dizia que a mensagem de Deus deveria ser resignificada para o homem moderno. Paul Tillich é polêmico seu pensamento desestabiliza a Teologia ortodoxa. Seus métodos criticam o fundamentalismo, entende que a teologia não deve ficar presa a verdades inquestionáveis.
         O Teólogo Etienne A. Higuet inorma que Tillich antes de elaborar seus métodos teológicos descontrói os métodos anteriores por julgar que eles não estavam relacionados com a essência da religião. Para Higuet ( 2011,p 27), “Tillich começa por excluir três métodos, introduzidos a partir da ciência da religião, da teologia e da metafísica. Trata-se do método empírico, do método supranaturalista e do método especulativo. Eles são impróprios porque nenhum deles alcança satisfatoriamente a essência da religião”. Paul Tillich valoriza muito a reflexão filosófica mesmo sendo um teólogo, em seus textos fica evidenciado sua aproximação com a filosofia, e sua critica aos conceitos de religião elaborados pela Filosofia da Religião e Ciência da Religião. Para ele estas áreas do saber se afastam do conceito de religião da teologia, a própria religião causa contratempos na elaboração dos conceitos de religião. Gross (2013,pg. 66) citando Tillich diz:



  Há quatro objeções que a religião levanta contra o conceito de religião. Primeiro, ele torna a certeza de Deus relativa à certeza de si (Ichgewissheit).Segundo, ele torna Deus relativo ao mundo. Terceiro, ele torna areligião relativa à cultura. Quarto, ele torna a revelação relativa à história da religião. Em suma, através do conceito de religião o Incondicional é fundamentado no condicionado e se torna ele mesmo condicionado, e com isso é destruído (TILLICH, 1973, p. 124)









REFERENCIAS

GROSS, Eduardo. O conceito de religião em Paul Tillich e a ciência da religião. Revista Eletrônica Correlatio v. 12, n. 24 - Dezembro de 2013 DOI: http://dx.doi.org/10.15603/1677-2644/correlatio.v12n24p59-76

HIGUET, Etienne A. Os métodos da filosofia da religião de Paul Tillich. Revista Eletrônica Correlatio n. 20 - Dezembro de 2011








sábado, 27 de agosto de 2011

HISTÓRIA

FOTOS

afogamento/socorrismo

História da África

A História da África é conhecida no Ocidente por escritos que datam da Antiguidade clássica. No entanto, vários povos deixaram testemunhos ainda mais antigos das suas civilizações. Para além disso, os mais antigos fósseis de hominídeos, com cerca de cinco milhões de anos, foram encontrados na África.
O Egito foi provavelmente o primeiro Estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados se foram sucedendo neste continente, ao longo dos séculos. Para além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos doutros continentes, que buscavam as suas riquezas, por vezes ocupando partes do "Continente Negro" por largos períodos. A estrutura actual de África, no entanto, é muito recente – meados do século XX – e resultou da colonização europeia.